Jobs: o melhor de viver nos Estados
Unidos
06/10/2011
Steve Jobs sintetiza o que existe de melhor e mais encantador nos Estados Unidos
--é algo que gostaria (e muito) de ver no Brasil. É um dos símbolos
da reverência de uma nação ao espírito
empreendedor e à inovação.
Arriscar para inovar faz parte
da alma profunda dos americanos, estimulando talentos.
Essa é uma das
razões que explica por que,
na lista
de qualidade de ensino
superior que acaba de ser divulgada, os Estados
Unidos têm tantas universidades entre as melhores do mundo. O que se elogia nas universidades
é menos como
se ensina ou até o que se ensina,
mas as inovações relevantes que produzem, mudando o mundo. Daí a
importância de ir além do campus e estabelecer parcerias com governos e empresas.
Isso é o que permite
que, do campus, do dormitório,
comecem desenhos de empresas como
Microsoft, Google ou Facebook. Ou que, em torno delas,
montem-se parques tecnológicos.
Jobs nem tem ensino superior. Mas se beneficiou
desse ambiente inovador, já que
está localizado no Vale do Silício, impulsionado em grande parte
por Stanford.
Ele
é o típico inovador, que fez de sua garagem (literalmente) um misto de laboratório com centro de inovações.
Tipos como
ele transmitem mensagens diárias para outros jovens
serem ousados, pensarem grande, arriscarem, serem empreendedores.
O melhor
de viver aqui, ainda mais morando
dentro do campus de Harvard, é ver
de perto essa agitação permanente que, mesmo com a crise, está longe
de ser abatida.
Gilberto Dimenstein
Gilberto Dimenstein,
54, integra o Conselho
Editorial da Folha e vive nos Estados
Unidos, onde foi convidado para
desenvolver em Harvard projeto de comunicação para a cidadania.